“Você chega na unidade e não sabe quem é policial penal e quem é terceirizado”, afirma presidente do Sindppen

Foto: Fernando Matias/Ascom Sindppen

Em entrevista ao Jornal da Fan desta quinta-feira, 20, o presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Sergipe (Sindppen), Wesley Souza, comentou sobre a atuação de empresas terceirizadas em Unidades Prisionais do estado. 

“Deixar bem claro que nós não somos contra a terceirização desses três presídios, nós somos contra a usurpação de função pública. Porque a sociedade não vê em nenhuma carreira da segurança pública, polícia militar terceirizada, policial civil terceirizado, delegado terceirizado, polícia federal terceirizada. Você jamais vai ver um uma empresa terceirizada dirigindo um carro da polícia militar. Então, por que na polícia penal tem que ter funcionários de uma empresa terceirizada se passando por policiais penais? Eu tenho imagens de vários servidores da empresa terceirizada, que é a empresa da Bahia, do pessoal vestido de preto, que você chega na unidade, você não sabe quem é policial penal, você não sabe quem é terceirizado”, afirmou. 

O presidente do sindicato também ressaltou a importância dos concursos públicos.

“O estado gasta R$ 98 milhões, por ano com uma empresa terceirizada para fazer o serviço do policial penal, podendo fazer o concurso. Nós temos um concurso ainda em andamento, que ele encerra agora em maio, que podia ser convocado o pessoal, que foram excedentes, pessoal que estão no cadastro de reserva para ocupar essas vagas e infelizmente a Secretaria de Justiça insiste em deixar esses servidores fazendo atividade típica de polícia”, denunciou. 

A Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa do Consumidor (Sejuc) ainda vai se posicionar sobre o assunto.

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