Após denúncias, fiscalização do Cremese e do Sindimed constata superlotação e atrasos salariais na Lourdes Nogueira

Um fiscalização conjunta entre o Conselho Regional de Medicina do Estado de Sergipe (Cremese), em conjunto com o Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), constatou superlotação em leitos da Maternidade Lourdes Nogueira, além de salários atrasados.

A fiscalização ocorreu no último sábado, 15, e foi motivada após denúncias de possível redução de leitos na UTI da Lourdes Nogueira, no bairro de17 de março. O portal Fan F1 recebeu um documento assinado pelos diretores da Maternidade Lourdes Nogueira, na qual eles manifestam não concordar com a redução de leitos neonatais.

Durante as vistoria do último sábado, segundo nota do Cremese, foi constatado que na maternidade municipal, no final do dia, o plantão ficou restrito devido a superlotação no Centro Obstétrico pela falta de funcionários nas outras unidades para receber as pacientes que estavam na sala de recuperação pós anestésica. Ainda na unidade de saúde, o Sindicato constatou a continuidade do atraso salarial dos médicos.

Já na maternidade Nossa Senhora de Lourdes, que fica no bairro América a fiscalização também foi constatada situação de atraso salarial.

Nota

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece que a redução foi definida em conjunto com o INTS, tendo como base a série histórica de ocupação dos leitos de UTIN (Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal), que apresenta uma média histórica de 42% de ocupação. Dessa forma, a decisão inicial foi fundamentada em dados técnicos e no padrão de demanda previamente identificado.

No entanto, diante da atual situação relatada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) em visita técnica recente, onde foi constatada lotação total dos leitos de UTIN, a SMS reconhece que esse cenário se apresenta como uma condição excepcional e imprevista, diferente da média histórica de ocupação.

Urge esclarecer ainda que o Termo Aditivo firmado já previa a possibilidade de readequação dos serviços de acordo com a demanda apresentada.

Diante desse novo contexto, e visando garantir a ampla manutenção da assistência à população, a SMS decidiu suspender os efeitos do Termo Aditivo, mantendo os termos originais do contrato firmado, assegurando assim a continuidade da oferta de leitos de UTIN conforme a necessidade atual.

A Secretaria reafirma seu compromisso com a transparência e a qualidade da assistência à saúde, mantendo um acompanhamento contínuo da situação para garantir o atendimento adequado à população.

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